Omio: Pesquisa revela que 48% dos brasileiros evitam destinos populares por causa do preço

Preços mais baixos levam 48% dos brasileiros a escolher destinos menos conhecidos 

Os dados indicam que rotas alternativas e cidades secundárias devem ganhar relevância no cenário turístico brasileiro em 2026 

São Paulo, Brasil - Escolher destinos menos conhecidos não é mais uma tendência marginal no Brasil. Tornou-se uma parte prática do planejamento de viagens para muitos consumidores. A pesquisa NowNext’25, realizada pela Omio em parceria com a YouGov, mostra que 48% dos brasileiros consideram o preço o principal fator para trocar um destino popular por uma alternativa menos conhecida. 

O relatório NowNext’25 é um estudo anual produzido pela Omio em parceria com a YouGov. A edição 2025 reuniu mais de 10.000 entrevistas em países como Brasil, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Japão e Estados Unidos. (Arquivo) 

A pesquisa entrevistou mais de 10.000 pessoas em vários países, incluindo o Brasil, e indica que fatores econômicos continuam a moldar o comportamento das viagens de lazer no Brasil. Além do custo, 34% dos entrevistados afirmam que considerariam escolher destinos menos conhecidos para evitar multidões, enquanto 37% afirmam que recomendações pessoais os levariam a considerar esse tipo de destino. 

A busca por experiências mais autênticas, como tradições locais, gastronomia regional e atrações culturais, incentiva 30% dos brasileiros a explorar destinos menos conhecidos. Enquanto isso, 32% citam atrações únicas ou culturalmente relevantes como motivos para evitar destinos com alta pressão turística. 

Fatores como melhores conexões de transporte (21%), influência das mídias sociais ou criadores de conteúdo (16%) e preocupações ambientais ou sociais (16%) também desempenham um papel, embora em menor grau. 

De acordo com a Omio, os dados destacam uma mudança gradual na geografia do turismo doméstico, com um interesse crescente em cidades e destinos menores, onde os custos operacionais, incluindo alojamento, alimentação e mobilidade, têm um impacto menor no orçamento dos viajantes. 

“A conclusão mais relevante é que a escolha de destinos alternativos é, acima de tudo, uma decisão racional. Os viajantes procuram preços melhores, menos saturação e um contato mais genuíno com o local que visitam. Essa combinação tende a redistribuir os fluxos de visitantes e aumentar o papel das cidades secundárias no panorama turístico do Brasil”, afirma Vitor Lalor, gerente geral, Brasil, Omio. 

As conclusões também apontam para tendências para 2026: uma combinação de sensibilidade aos preços, evitação de multidões e busca por autenticidade pode acelerar o crescimento do turismo em cidades secundárias, vilas costeiras, regiões montanhosas e centros culturais que permanecem pouco explorados. A Omio observa que a demanda por viagens multimodais, combinando ônibus, trens e voos, também está ligada à busca por alternativas menos saturadas e mais competitivas. 

“Quando os viajantes encontram opções viáveis em termos de preço, transporte e experiência, o leque de possibilidades se amplia. Mais destinos entram no mapa e o planejamento da viagem se torna cada vez mais estratégico”, acrescenta Lalor.

O que é o NowNext'25? 

O relatório NowNext’25 é um estudo anual produzido pela Omio em parceria com a YouGov. A edição 2025 reuniu mais de 10.000 entrevistas em países como Brasil, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Japão e Estados Unidos, traçando um panorama das tendências de comportamento e prioridades de viagem para o próximo ano. 

Entre os perfis identificados pela pesquisa estão os “viajantes econômicos”, que priorizam custo-benefício, e os “viajantes intencionais”, que escolhem destinos com propósito e buscam experiências autênticas.